O NÓ NA CABEÇA DA PETEZADA

Os coordenadores da campanha da Pacquita Bengell estão, como diria a candidata, feito biruta de aeroporto. Eles ensaiaram um discurso e tentaram várias vezes fazer a oposição morder a isca e não conseguiram. Agora eles estão percebendo que falar mal de FHC é muito pouco e que está empobrecendo a campanha do partido.

Na verdade eles estão diante de um nó que não sabem como desatar. Ficaram oito anos confiando que bastaria falar que iriam continuar com o bolsa-família para "seus" eleitores votarem neles com medo de perder esta boquinha. Na cabeça pequenininha e deturpada desse pessoal seria impossível um adversário elogiar o bolsa-família, já que foi a "grande invenção" deles. Ninguém iria querer assumir que é um programa que deveria continuar. O mínimo que essas mentes menores pensavam, era que o adversário iria se calar diante do assunto. A velha história de medir os outros pelo seu tamanho. Se fosse ao contrário, jamais a petezada iria reconhecer que o governo fez alguma coisa que prestasse. Tanto que eles tiveram que reinventar o Brasil em 2003, pois nada do que tinham feito no país estava certo.

Quando a corrida eleitoral começou pra valer e eles perceberam que a única coisa capaz de segurar os eleitores "deles" foi encampada pelo adversário, que promete até melhorar, ficaram sem chão. Agora os eleitores "deles" não precisam ficar presos a um cabresto, podem escolher qualquer candidato que não perderão a boquinha. Isso faculta aos eleitores "deles" fazer a comparação entre os dois candidatos, tudo o que eles não queriam. Desde o início do processo que eles tentaram de todas as formas evitar a comparação dos candidatos. Não por acaso eles continuam tentando fazer a comparação entre dois não-candidatos.

O nó fica mais apertado ainda quando percebem que o adversário só encampa o único programa que eles fizeram para prender os eleitores, todos os outros são duramente criticados pelo oponente. Vejam as críticas da oposição ao PAC, por exemplo. Acontece que os eleitores "deles" não estão preocupados com o PAC, eles votam é com o bolsa-família. O PAC pode até acabar, não acabando o bolsa-família é o que importa.

Como eles perceberam que na comparação a candidata perde, quero ver como eles vão desamarrar esse nó. Espero que não venha por aí mais um dossiê dos aloprados, como previu o Ciro Gomes. Desse pessoal pode-se esperar tudo.