sábado, 18 de setembro de 2010

NUMA REUNIÃO SECRETA DOS PETRALHAS

C1:- Cumpanheiros, temos que arrumar um jeito de barrar esta ascenção da Dilma, que não é cumpanheira.
C2:- Como assim, nós não queremos que ela ganhe a eleição?
C1:- Não é nada disso. Ela tem que ganhar para a gente continuar mamando.
C2:- Então não entendi!!!
C1:- Eu explico. A não-cumpanheira Dilma tem que ganhar, mas ela não pode chegar forte no Planalto. Senão ela vai querer mandar e nós, igual fez o monstro que criamos.
C2:- Tô começando a entender.
C1:- Quando o Lula assumiu em 2002 era pra gente mandar no país. Mas aí percebemos que tínhamos criado um monstro, que extrapolou os limites do partido. Que que adiantou o partido ganhar as eleições, se não pode governar.
C2:- Como assim, não pudemos governar?
C1:- Você acha que se o governo fosse nosso, íamos por um tucano no Banco Central? Acha que íamos continuar com a política econômica do FHC?
C2:- É verdade, o que fizemos nesses anos foi continuar a política anterior. Mas o que isso tem a ver com a sua sugestão de barrar a ascenção da Dilma?
C1:- Primeiro, precisa ficar claro que não é barrar a ascenção da vitória dela. É barrar a ascenção da impressão que ela tem de que vai mandar no governo.
C2:- Como assim?
C1:- Veja bem, precisamos que a não-cumpanheira Dilma chegue ao palácio, mas precisamos que ela chegue lá fraca. É nós que temos que dar as cartas nestes próximos quatro anos. Se deixarmos a não-cumpanheira botar a manguinha de fora, ela se alia ao PMDB e vão nos alijar de todo o processo. Já pensou a gente ter que se aliar aos tucanos para fazer oposição ao governo do PT? Seria o máximo.
C2:- Mas o que podemos fazer?
C1:- Vamos atacar a Dilma da Dilma.
C2:- Como assim?
C1:- Assim como o monstro que criamos inventou a Dilma, a candidata também inventou a Erenice. É só a gente mostrar ao Brasil o que a Erenice está fazendo que vamos fazer a candidata voltar a ficar dependente de nossos quadros. Daí é só o partido assumir de novo o leme da situação e voltaremos a dar as cartas.
C2:- Mas será que isso não vai por em risco a eleição da candidata?
C1:- Não corremos este risco, não. Nisso o monstro que criamos está sendo útil. Ele vai continuar a falar besteira e, depois de tanta bolsa-família, qualquer coisa que ele falar o povão acredita. É o povão que elege presidente neste país.
C2:- Tá bom então.
C1:- Todos aqui concordam com isso?
Todos cumpanheiros:- Concordamos!!!

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